Brasileiro tem trauma dos impostos provisórios que viram definitivos, diz Cunha
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reafirmou nesta quinta-feira (10) achar difícil que o governo consiga aprovar aumento de impostos na Câmara e disse que o brasileiro dificilmente acreditará em tributos provisórios.
“O brasileiro já tem trauma dos chamados provisórios que viram definitivos”, afirmou citando a CPMF.
“Não tem credibilidade o governo, ninguém vai acreditar que ele é transitório. Aqui, acho pouco provável que tenha apoio.”
Cunha voltou a dizer também que a Câmara não pode ser responsabilizada pelo rebaixamento do grau de investimento do País e afirmou que todos os projetos do pacote de ajuste fiscal foram aprovados.
“Ninguém pode acusar a Câmara de nada, o governo não fez sua parte”, disse.
“A Câmara tem que levar um prêmio por votar tudo rapidamente.”
Cunha afirmou ainda que, a partir da semana que vem, a Câmara já passará a restringir o volume de horas extras, acatando medidas proposta pelo o primeiro-secretário da Mesa, Beto Mansur (PRB-SP), para que a Casa economize.
“Já definimos o número de pessoas que vão ser permitidas (a fazer horas extras), serão 700”, disse, destacando que a medida trará uma economia de R$ 3 milhões por mês. “Serão R$ 24, R$ 25 milhões por ano. É bastante razoável”, disse.
Fonte: Jornal do Comércio