Novo campo de batalha – Simples Nacional
O ânimo dos brasileiros que lutam a favor das pequenas empresas quase foi abatido no começo de outubro, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou sua reforma ministerial. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa perderia o status de ministério. Um dos melhores quadros do governo, o ministro Guilherme Afif, deixaria sua missão. Ainda bem que a experiência do gestor acabou reconhecida com sua nomeação para o Sebrae. Fez-se justiça e ele continuará a prestar sua experiência ao empreendedorismo.
As entidades que representam o setor respiram aliviadas pela continuidade do seu trabalho. A importância de micros e pequenas empresas se mede por seus números: 12.470.015 em 2014, o equivalente a 84,9% das 15.479.747 companhias registradas em todo o País. São responsáveis por mais de 60% dos empregos formais e sua participação no PIB ultrapassa 27%. Essa larga base da economia foi maltratada ao longo da história.
Afif enfrentou forte resistência em Brasília por parte de tecnocratas que produzem estatísticas como esta: de cada cem empresas abertas no Brasil, 48 encerraram suas atividades em até três anos. Afif foi à luta. No Simples Nacional, ampliou o programa para mais 450 mil empreendimentos no País em mais de 140 atividades, universalizando o imposto único. Trabalhou para elevar o teto de enquadramento de R$ 240 mil para R$ 360 mil para microempresas, de 2,4 milhões para 3,6 milhões para pequenas e R$ 60 mil ao ano para empreendedores individuais.
É projeto dele a REDESIM – Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, que permite abrir, fechar, alterar e legalizar empresas com o mínimo de burocracia. E também o Simples Social, para beneficiar o Terceiro Setor com papel fundamental na sociedade.
Existem motivos para acreditar: a luta do setor trocou de endereço, mas não de comandante.
Fonte: Contábeis