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XML NFe: entenda o impacto fiscal e contábil

O XML da NFe é mais que um anexo: é documento fiscal oficial, insumo para o SPED e base de apuração. Entenda como validá-lo e armazenar com segurança.

Se você é contador e atua com auditoria fiscal, escrituração contábil ou validação de documentos eletrônicos, o XML NFe não pode ser tratado como um simples anexo. Longe de ser apenas um arquivo técnico, é o documento fiscal eletrônico oficial que comprova a operação comercial, respalda a apuração tributária e sustenta a integridade da obrigação acessória. Sem ele, não há como justificar os valores declarados ao Fisco, nem proteger o sagrado CPF de quem assina o SPED Fiscal.

Desde que a Nota Fiscal Eletrônica substituiu os antigos blocos de papel, o arquivo XML passou a concentrar todas as informações exigidas pela Receita: dados do emitente e destinatário, descrição dos produtos ou serviços, CST, CFOP, ICMS, PIS, COFINS, forma de pagamento, transportadora… Tudo assinado digitalmente e validado em tempo real, seguindo os leiautes do Manual de Orientação ao Contribuinte.

Neste artigo, vamos direto ao ponto: o que é o XML NFe, como ele funciona, o que ele precisa conter para ser considerado válido e por que seu armazenamento por 5 anos é exigido legalmente. Aproveitamos para explicar como esse arquivo impacta a escrituração fiscal e contábil, a entrega do SPED e a responsabilidade técnica do contador.

Porque, na prática, entender e validar o XML NFe é o que separa o contador estratégico daquele que vive apagando incêndio com nota rejeitada e multa por falha de compliance.

O que é o XML da NFe e por que ele é mais importante que o DANFE?

Pergunta retórica para bom contador: o que é XML? O XML da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) é o documento fiscal oficial que comprova a operação realizada entre as partes. Esqueça o DANFE: o que tem validade jurídica é o XML. Ele é o único formato aceito pela Receita Federal para fiscalização digital, além de ser a base para a escrituração contábil e o envio das obrigações acessórias, como o SPED Fiscal e a ECD.

Esse arquivo, gerado em formato .xml, concentra todas as informações da operação comercial:

  • Dados do emitente e do destinatário (com CNPJ/CPF, IE, endereço etc.);
  • Itens comercializados, com descrição, NCM, CST, CFOP, quantidade, valor unitário e total;
  • Tributos destacados: ICMS, IPI, PIS, COFINS, entre outros;
  • Data e horário de emissão, número da nota e chave de acesso;
  • Forma de pagamento, transportadora e demais informações complementares;
  • E, principalmente, a assinatura digital da empresa emissora, o que garante a autenticidade e a integridade do documento.

É bem comum confundir o XML com o DANFE (Documento Auxiliar da NFe). Mas a diferença é clara: o DANFE é tão somente uma representação gráfica com as informações básicas da nota, criada para facilitar a leitura humana ou acompanhar o transporte da mercadoria. E vale um post-it mental: ele não tem validade jurídica e não substitui o XML em caso de fiscalização.

O XML é o que as empresas devem armazenar, no mínimo, por 5 anos, prazo em que o Fisco pode solicitar os arquivos para auditoria eletrônica.

Tanto que, para o contador, o XML NFe é insumo técnico de primeira linha. É ele quem comprova a operação, valida a conformidade dos tributos destacados e dá base para os lançamentos contábeis e fiscais. Sem esse arquivo, o SPED não fecha e o risco recai justamente sobre quem assina. O DANFE apenas ilustra. Quem responde ao Fisco é o XML.

Na prática contábil, o XML permite auditar valores, cruzar dados de entrada e saída, gerar relatórios, calcular tributos com precisão e evitar divergências entre o que foi emitido e o que foi escriturado. Ou seja: ele não é acessório, é estrutural. É a coluna vertebral da regularidade fiscal da empresa e do respaldo técnico do contador.

Como pegar XML de nota fiscal?

Para o contador, ter o XML da NFe em mãos é o primeiro passo para garantir a integridade da escrituração fiscal e evitar surpresas no SPED. Mas, afinal, como obter esse arquivo com segurança e de forma válida?

O XML pode ser capturado de três formas principais:

Via e-mail enviado pelo emitente

É comum que empresas enviem automaticamente o XML e o DANFE para o e-mail do destinatário. O ideal é configurar um e-mail exclusivo para recebimento desses documentos e integrá-lo ao sistema contábil ou plataforma de auditoria.

Consulta no portal da SEFAZ

A Secretaria da Fazenda permite a consulta do XML completo por meio da chave de acesso. Contudo, desde a Nota Técnica 2016.002, apenas o emitente, o destinatário e terceiros autorizados conseguem baixar o XML completo com o certificado CNPJ digital.

Captura automatizada via software com certificado digital A1 ou A3

Soluções como a da e-Auditoria realizam o download em lote dos XMLs diretamente da SEFAZ, sem depender do envio manual do cliente. Essa automação garante que nenhum documento fique de fora da escrituração, o que mitiga o risco de omissões e autuações.

Importante: O XML deve ser armazenado por no mínimo 5 anos, conforme exigência do Ajuste SINIEF 07/2005. Perder o acesso a esse arquivo significa perder a capacidade de comprovar a operação fiscal.

Na prática contábil, deixar para o cliente o envio manual dos XMLs é arriscado. O ideal é contar com uma ferramenta que centralize e automatize essa captura protegendo a entrega técnica e a responsabilidade do contador perante o Fisco.

O que o XML da NFe precisa conter para ser válido?

O XML da NFe não é um simples arquivo de sistema. Ele precisa seguir um leiaute específico estabelecido pela Receita Federal, estruturado em blocos, com campos obrigatórios, validações técnicas e assinatura digital. É isso que garante sua validade jurídica e fiscal.

Na prática, um XML válido precisa incluir:

  • Identificação do emitente e do destinatário: com CNPJ ou CPF, razão social, endereço completo e inscrição estadual;
  • Descrição detalhada dos produtos ou serviços: incluindo NCM, CST, CFOP, quantidade, valor unitário e total;
  • Tributos envolvidos na operação: ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISS, com suas bases de cálculo, alíquotas e valores destacados;
  • Totais da nota fiscal: somatórios de produtos, tributos, descontos e encargos;
  • Informações complementares: como dados de transporte, cobrança, fatura e observações fiscais;
  • Assinatura digital da empresa e protocolo de autorização da SEFAZ: sem isso, o XML não tem validade.

Para conferir se o XML cumpre todos esses requisitos, o contador pode usar validadores especializados, que confrontam o arquivo com os schemas XML da Nota Fiscal Eletrônica, descritos no Manual de Orientação ao Contribuinte (MOC) e atualizados com frequência.

Em resumo: um XML malformado não é só um erro técnico, é um risco fiscal direto. E no cenário atual, com cruzamentos eletrônicos cada vez mais ágeis, qualquer campo fora do lugar pode virar questionamento da Receita.

E quando o erro no XML compromete a escrituração, muitas vezes, a única saída é emitir uma nota fiscal de ajuste, o documento que permite corrigir dados fiscais sem afetar a operação comercial, mas que precisa ser usado do jeito certo para não gerar ainda mais inconsistências no SPED.

Por que o contador precisa entender o XML da NFe?

Essa resposta é bem fácil e impacta direto no seu sagrado CPF: porque é o contador quem assina a escrituração. Isso significa assumir responsabilidade técnica pelos dados extraídos, ou não, do XML da NFe. Não basta receber o arquivo, é preciso compreender o que cada campo representa, validar a integridade das informações e garantir que o conteúdo seja compatível com os lançamentos contábeis e fiscais.

Um erro no CST, CFOP ou valor de imposto destacado no XML pode gerar:

  • Divergência na apuração de tributos;
  • Rejeição do SPED Fiscal ou Contribuições;
  • Risco de glosa de créditos;
  • Notificações e autuações da Receita;
  • E o pior: responsabilidade solidária do contador.

Muitos arquivos chegam ao escritório contábil com erros ocultos: campos faltando, assinaturas inválidas, tributação incoerente com o regime tributário da empresa. Se o contador não audita o XML ou não tem um sistema que aponte essas falhas, o problema só aparece na hora da entrega (e já é tarde demais para corrigir com segurança).

Por isso, conhecer a estrutura do XML, saber como ele é formado e entender o que o Fisco espera de cada informação é o que separa a atuação preventiva da corretiva. O contador que domina o XML consegue mitigar riscos e, de quebra, ainda ganha autoridade técnica, confiança do cliente e produtividade.

Guardar o XML da NFe é exigência legal prevista no ajuste SINIEF 07/2005, válido para emissores e destinatários. Empresas devem armazenar cada arquivo pelo prazo mínimo de 5 anos, contados a partir da data de emissão. Regra de ouro: isso vale tanto para notas de entrada quanto para notas de saída.

Mas não se trata apenas de cumprir regra. O armazenamento correto dos XMLs é o que garante a empresa (e o contador) em caso de:

  • Fiscalizações presenciais ou eletrônicas: quando a Receita exige comprovação dos lançamentos declarados;
  • Solicitação de crédito ou financiamento: bancos pedem demonstrações contábeis lastreadas em documentos fiscais válidos;
  • Litígios tributários, societários ou trabalhistas: o XML comprova a natureza da operação e a autenticidade da nota.

Ligando o sinal de alerta: o DANFE não substitui o XML. Ele é apenas um documento auxiliar, com informações resumidas. Já o XML contém os dados completos da operação, com assinatura digital e protocolo de autorização do Fisco. A regra é clara, contador: é ele que possui validade jurídica.

E mais: quando o arquivo não é armazenado corretamente, ou se perde, a empresa corre o risco de não conseguir comprovar o custo de aquisição, justificar créditos de ICMS ou deduções de PIS/COFINS. Para, você, caro contador, isso significa retrabalho, responsabilidade técnica comprometida e exposição ao risco.

Exatamente por isso, o ideal é contar com um sistema que automatize o recebimento, a leitura, a auditoria e o armazenamento dos XMLs. É isso que assegura conformidade sem sobrecarregar a rotina contábil.

Como o XML da NFe impacta a escrituração contábil e o SPED?

Se o XML da NFe é o documento que respalda juridicamente a operação, também é a base técnica da escrituração contábil e da entrega do SPED. Sem ele, o contador trabalha às cegas e assume o risco de inconsistência, autuação e retrabalho.

É a partir da leitura e auditoria dos XMLs que é possível validar:

  • A classificação fiscal correta dos produtos (CFOP, CST, NCM);
  • A base de cálculo dos tributos (ICMS, IPI, PIS, COFINS);
  • A natureza da operação e o enquadramento tributário adequado;
  • Os dados de entrada e saída, essenciais para conciliar o estoque e apurar resultados.

Se a informação no XML está errada ou ausente, ela contamina o lançamento contábil e distorce os valores declarados ao Fisco. E o resultado disso, você já conhece: SPED com erro, ECD travada, crédito glosado, multa na porta e questionamento sobre a responsabilidade técnica do profissional da contabilidade.

É por isso que o XML deve ser validado antes mesmo de ser lançado. E o ideal é que isso seja feito com uma ferramenta que interprete o leiaute exigido pela Receita, leia as tags com precisão e identifique incoerências automaticamente.

Como diz o Fred Amaral, CEO da e-Auditoria e nosso especialista:

“No SPED, não basta lançar, tem que comprovar. E o XML é a prova documental que sustenta cada linha da sua escrituração.”

Quais são os riscos de ignorar o XML da NFe?

Tratar o XML da NFe como uma formalidade é como tentar montar um quebra-cabeça sem as peças principais: o resultado é falho, incompleto e perigoso. Quando esse arquivo não é armazenado, analisado ou validado corretamente, os riscos se multiplicam, tanto para o contribuinte quanto para o contador responsável.

Confira os principais deles:

Lançamentos incorretos

Sem conferência do XML, há risco de usar valores errados de base de cálculo, alíquotas ou classificação fiscal, o que compromete a apuração dos tributos e os saldos contábeis.

Glosa de crédito tributário

Na auditoria, se o XML não for apresentado ou estiver com inconsistência (ex: falta de assinatura digital ou dados conflitantes), os créditos podem ser desconsiderados pelo Fisco.

Rejeição do SPED

Erros no XML afetam os registros dos blocos da EFD, travando a entrega ou gerando notificações.

Multas e autuações

A legislação é muito clara quanto à obrigatoriedade de armazenamento por 5 anos. Se a empresa não apresentar o XML durante uma fiscalização, a penalidade é o único caminho.

Comprometimento da responsabilidade técnica

Em caso de erro contábil ou tributário decorrente da omissão do XML, é o contador que responde, inclusive, com seu CPF no radar da Receita.

A analogia é simples: o XML é o prontuário da operação fiscal. Sem ele, o contador não tem como comprovar diagnóstico, nem prescrever correções. E quando a Receita pede os exames, não dá tempo de refazer o histórico.

Como armazenar e validar XML NFe sem erro

A obrigatoriedade de armazenamento do XML da NFe por pelo menos 5 anos não é detalhe: é regra do jogo fiscal. E não basta guardar, é necessário que o arquivo esteja íntegro, validado e pronto para ser apresentado em caso de fiscalização. Afinal, o que está em jogo é a rastreabilidade da operação e a segurança jurídica de quem declara.

Armazenar corretamente significa:

  • Guardar o XML original com assinatura digital e protocolo de autorização (formato NFeProc);
  • Organizar os arquivos por CNPJ, mês e tipo de operação, facilitando a recuperação e o cruzamento;
  • Utilizar sistemas confiáveis para evitar perdas, corrompimentos ou alterações indevidas;
  • Garantir backups seguros e com controle de acesso.

E validar envolve mais do que abrir o arquivo:

  • Conferir se o schema XML está atualizado, conforme os leiautes exigidos pela Receita Federal;
  • Verificar a consistência dos dados fiscais, como CFOP, CST, base de cálculo e alíquotas;
  • Checar a assinatura digital e o protocolo da SEFAZ, que validam a emissão e a autorização;
  • Certificar que não há duplicidade de notas com a mesma chave de acesso.

Nesse contexto regulatório, o que muitos ignoram é que o XML pode parecer “abrir direitinho” e mesmo assim estar inválido para a Receita. O validador XML técnico é quem detecta essas falhas antes que virem dor de cabeça na retaguarda contábil.

Por isso, sistemas integrados de auditoria e conferência automatizada não são luxo: são instrumentos de blindagem técnica para quem responde pela escrituração e entrega de obrigações acessórias.

Como armazenar corretamente o XML e evitar dor de cabeça no futuro

O XML da Nota Fiscal Eletrônica não é um arquivo qualquer. É documento fiscal com validade jurídica, exigido em caso de fiscalização, malha fina ou conferência de obrigações acessórias. Por isso, a guarda correta do XML é tão importante quanto sua emissão.

Nesse contexto, o emissor de notas fiscais exerce um papel fundamental: além de gerar o XML em conformidade com os padrões da SEFAZ, facilita sua organização, armazenamento e eventual reapresentação em fiscalizações. Escolher uma solução adequada reduz riscos e garante mais segurança tributária.

A legislação é bem específica: o armazenamento é obrigatório por, no mínimo, 5 anos, tanto para quem emite quanto para quem recebe a nota. E não adianta guardar apenas o DANFE. O que comprova a operação é o XML assinado e autorizado pela SEFAZ, com número do protocolo, data e hora de autorização. Sem esse documento, o contribuinte e você, contador, ficam sem provas em caso de questionamento fiscal.

Armazenar corretamente não é só salvar em uma pasta do computador. Envolve:

  • Organização por período, CNPJ e tipo de documento (NF-e, NFC-e, CT-e);
  • Backup seguro e em nuvem, com garantia de acesso rápido em caso de fiscalização;
  • Controle de integridade dos arquivos, garantindo que não foram corrompidos ou alterados;
  • Facilidade de busca e exportação, particularmente, para envio à contabilidade ou para uso na geração do SPED.

Soluções integradas à rotina fiscal automatizam esse processo, armazenando automaticamente os XMLs emitidos e recebidos, classificando por cliente, natureza da operação e datas, com opção de exportar relatórios completos. Esse recurso mitiga o risco de perda, evita correria em cima da hora e assegura que, quando o Fisco bater à porta, a documentação esteja pronta para ser apresentada.

Resumindo: guardar XML é blindar a empresa contra surpresas fiscais e proteger o contador de responsabilizações futuras.

Qual é a relação entre XML e SPED?

O XML da NFe é o que alimenta, com dados brutos, mas oficiais, a escrituração fiscal e contábil que será consolidada no SPED, como a escrituração contábil Simples Nacional. Sem ele, não há como justificar o que foi informado na EFD, nem como comprovar créditos, débitos ou isenções tributárias lançadas. O que está no XML precisa estar no SPED e vice-versa. Guarde bem essa regra!

É por isso que o XML não pode ser tratado como um mero anexo administrativo. Ele é a fonte primária de dados fiscais. E qualquer divergência entre o que foi emitido na nota e o que foi lançado na escrituração pode ser detectada pela Receita em poucos cliques. A fiscalização eletrônica já cruza essas informações em tempo real.

Na prática?

  • O registro C100 da EFD ICMS/IPI, por exemplo, se baseia nas informações do XML da NFe para compor o bloco de documentos fiscais emitidos;
  • Já o registro C170 detalha os itens da nota. Ele precisa bater com os dados contidos nas tags <det> do XML;
  • Impostos destacados (ICMS, IPI, PIS, COFINS) precisam estar em conformidade com os dados declarados nos blocos correspondentes;
  • Se houver diferenças nos valores, nos códigos ou nos CFOPs, o arquivo da EFD pode ser rejeitado ou, pior, aceito e fiscalizado depois.

É aqui que entra a importância da auditoria e validação prévias do XML: antes de qualquer entrega ao Fisco, os dados da nota devem estar consistentes, completos e alinhados com o que será informado nas obrigações acessórias.

Erro no XML é erro no SPED. E erro no SPED é risco direto na conta do contador.

Como automatizar a auditoria do XML e reduzir retrabalho?

Validar XML um a um, abrindo nota por nota, cruzando campos manualmente, pode até funcionar para poucos documentos, mas não escala e consome o tempo mais precioso do contador: aquele dedicado à análise estratégica e à entrega segura. É aqui que entra a automatização da auditoria de XMLs.

Com o volume de notas fiscais que circula diariamente, sobretudo em empresas do varejo, logística e serviços, a conferência “na unha” se torna um gargalo operacional. E mais: qualquer falha nesse processo pode comprometer a integridade do SPED, gerar glosa de crédito, ou, em casos mais graves, configurar omissão de receita.

Por isso, ferramentas especializadas em auditoria fiscal eletrônica passaram a incorporar rotinas automatizadas que:

  • Leem e interpretam lotes inteiros de XMLs (NF-e, NFC-e, CT-e);
  • Conferem campos obrigatórios e validações estruturais, como schema e assinatura digital;
  • Comparam dados contidos nas notas com os lançamentos do sistema contábil ou ERP;
  • Apontam inconsistências em CFOP, CST, alíquota, base de cálculo e totalização de tributos;
  • Geram relatórios e logs técnicos que respaldam a escrituração e protegem o contador em eventuais questionamentos.

Com esse tipo de auditoria automatizada, o profissional otimiza seu tempo e conquista assertividade técnica. Em outras palavras, você zera o retrabalho com retificações, evita atrasos na entrega do SPED e, principalmente, blinda o seu CPF contra erros que poderiam ser evitados com uma verificação inteligente.

Auditar o XML com tecnologia é o que separa o contador do passado do profissional preparado para o que a Receita já faz em tempo real.

Como o XML NFe impacta a escrituração e o SPED

Se o XML NFe está errado, incompleto ou ausente, o problema não aparece só na nota, respinga direto na escrituração contábil e na entrega do SPED. É esse arquivo que embasa os lançamentos, justifica os tributos apurados e serve como evidência documental da operação. Ou seja: sem XML confiável, não há escrituração segura.

A Escrituração Fiscal Digital (EFD) e a Escrituração Contábil Digital (ECD) exigem dados precisos e consistentes. Qualquer divergência entre o que está no XML e o que é declarado pode resultar em:

  • SPED rejeitado por inconsistência nos campos obrigatórios;
  • Diferença entre tributos apurados e os destacados na nota;
  • Divergências entre CFOP, CST, base de cálculo e alíquota aplicada;
  • Risco de glosa de créditos fiscais, em especial, de ICMS e PIS/COFINS;
  • Autuações e multas por erro de informação.

Quando falamos de escrituração contábil, o XML alimenta os relatórios de receita, composição de custo, movimentação de estoque e balanço patrimonial. Ignorar a leitura e a validação desses arquivos é operar com dados frágeis e pôr em xeque a governança da empresa e a responsabilidade técnica do contador.

É por isso que auditar os XMLs antes de gerar o SPED deixou de ser uma boa prática para se tornar um passo obrigatório para quem assina as demonstrações e responde por elas. Automatizar essa checagem, identificar erros antes da entrega e manter um repositório validado de documentos fiscais é a maneira mais eficiente de proteger a empresa e o profissional da contabilidade.

O XML NFe é o elo entre a operação comercial e a conformidade fiscal. Regra básica: validar é proteger. Ignorar é arriscar, e muito.

Como a e-Auditoria pode ajudar o contador com a gestão de XML NFe?

Na rotina contábil, tempo é ativo estratégico e erro técnico tem custo alto. Nesse campo, contar com uma ferramenta que automatiza a leitura, a validação e a auditoria dos XMLs da NFe é um recurso indispensável para garantir segurança nas entregas, diminuir riscos e evitar retrabalho.

A e-Auditoria atua exatamente nesse ponto crítico. Com uma plataforma robusta e especializada, o contador pode:

  • Importar e organizar automaticamente os arquivos XML recebidos da SEFAZ, do cliente ou da própria base de dados;
  • Conferir os dados estruturais do XML, como NCM, CFOP, CST, base de cálculo e tributos destacados, com alertas de inconsistência;
  • Cruzar informações com o SPED (EFD e ECD) e identificar divergências antes da entrega;
  • Validar a integridade e o schema XML, dessa forma o arquivo segue conforme os padrões exigidos pela Receita Federal;
  • Gerar relatórios técnicos e logs de validação, que servem como respaldo documental em caso de fiscalização;
  • Mitigar o risco de glosas e autuações, automatizando a prevenção de erros que poderiam passar despercebidos em processos manuais.

A gestão de XMLs deixa de ser uma tarefa braçal e passa a ser uma ação estratégica dentro da contabilidade. Com a e-Auditoria, o contador opera com mais autonomia, agilidade e respaldo técnico, protegendo o cliente e o próprio CPF.

Só para refrescar a sua memória: auditar XML não é um favor ao Fisco, é uma proteção para quem entrega, assina e responde tecnicamente. E, com as ferramentas certas, isso se torna parte natural do seu fluxo de trabalho.

No universo da escrituração digital, o XML da Nota Fiscal Eletrônica não é mero detalhe técnico, ele é definitivamente o alicerce da operação fiscal. É ele quem comprova a transação, embasa a apuração de tributos e respalda a escrituração contábil. Ignorar sua estrutura, validade ou armazenamento significa expor o contador e o cliente a riscos desnecessários.

Com a fiscalização cada vez mais digital e integrada, gerenciar XMLs de forma estratégica se tornou fundamental. Automatizar esse processo com a e-Auditoria significa entregar com mais precisão, evitar notificações e operar com segurança, sem retrabalho, nem sustos, fiel contador.

Só para reforçar: a tecnologia não substitui o contador. Ela protege o tempo, o trabalho e a responsabilidade de quem assina.

FAQ – XML NFe: Perguntas frequentes

O que é o XML da NFe e por que ele é importante?

O XML é o formato digital oficial da Nota Fiscal Eletrônica. Contém todas as informações da operação comercial e tem validade legal. Ele é insumo para escrituração, apuração de impostos e defesa em fiscalizações.

Qual a diferença entre XML e DANFE?

O XML é o documento fiscal legal; o DANFE é apenas um espelho simplificado para conferência visual ou transporte de mercadoria. O XML é obrigatório por lei e deve ser armazenado.

Por quanto tempo o XML deve ser armazenado?

O prazo legal mínimo é de 5 anos, tanto para o emissor quanto para o destinatário. Durante esse período, o Fisco pode exigir a apresentação do arquivo.

O contador é responsável pela guarda dos XMLs?

Depende do contrato e da organização da empresa. É recomendável que o contador acompanhe a coleta e a auditoria dos arquivos para garantir a consistência com a escrituração.

Como a e-Auditoria ajuda na gestão dos XMLs?

Ela automatiza a leitura, a validação e o cruzamento dos dados do XML com SPEDs, minimizando erros, apontando inconsistências e emitindo relatórios técnicos.

Camila Goulart

Atua há 7 anos na e-Auditoria. Iniciou a jornada na empresa dedicando-se à área comercial e nos últimos 3 anos direcionou sua expertise para o desenvolvimento de conteúdos de ensino para capacitar colaboradores e clientes.

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