Saber como calcular correção monetária é um dos primeiros passos para quem atua com recuperação de tributos, auditoria fiscal ou contabilidade estratégica. Afinal, valores desatualizados podem comprometer toda a estimativa de créditos ou inflar indevidamente o passivo de uma empresa.
Neste conteúdo, você vai entender o passo a passo do cálculo, os índices mais usados, onde aplicar e como ferramentas como a Calculadora Selic da e-Auditoria podem agilizar esse processo.
A correção monetária é o mecanismo utilizado para atualizar o valor de um crédito ou débito ao longo do tempo, considerando os efeitos da inflação e a perda do poder de compra da moeda. Esse processo é comum em cobranças judiciais, contratos, dívidas fiscais e até mesmo em processos de recuperação tributária.
No universo tributário, ela tem papel central para recompor valores pagos a maior ou indevidamente, garantindo que o contribuinte não apenas recupere o montante original, mas o valor devidamente atualizado, respeitando os índices econômicos oficiais.
Sem correção, o valor restituído seria menor do que o real impacto financeiro causado pela espera. É por isso que o conhecimento e o domínio das técnicas de cálculo de correção monetária são tão valorizados entre contadores e profissionais fiscais.
Principais índices de correção monetária
Ao calcular a correção monetária, é essencial saber qual índice aplicar, pois isso depende do tipo de obrigação ou valor a ser atualizado. Veja os principais:
- IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): indicador oficial da inflação no Brasil, utilizado principalmente em contratos e títulos públicos.
- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): mede a inflação para famílias com renda de até 5 salários mínimos. É usado para reajuste de benefícios previdenciários.
- IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): historicamente utilizado para reajustes de aluguéis e contratos comerciais.
- Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia): é a taxa básica de juros da economia. No caso de correção de tributos federais, como PIS, Cofins, IRPJ e CSLL, a Selic é o índice aplicado pela Receita Federal.
Infográfico sobre a correção monetária: veja como funciona

Como calcular correção monetária na prática
O cálculo da correção monetária consiste em atualizar um valor original com base no índice acumulado de determinado período. Veja o passo a passo:
- Identifique a data do valor original e a data de referência (ou pagamento).
Exemplo: crédito tributário de R$ 10.000, apurado em março/2021, a ser corrigido até abril/2025. - Escolha o índice de correção adequado.
Para tributos federais, como PIS, COFINS ou IRPJ, usa-se a taxa Selic acumulada no período. - Some os percentuais mensais do índice.
Exemplo: se a Selic acumulada entre março/2021 e abril/2025 for de 32%, esse será o fator de correção. - Aplique o percentual ao valor original:
R$ 10.000 × 1,32 = R$ 13.200
Esse é o valor atualizado com correção monetária.
Dica profissional: use ferramentas confiáveis para evitar erros no cálculo acumulado de índices. A planilha gratuita da e-Auditoria já considera as atualizações mensais da Selic e pode ser usada para simulações completas.
Quando o cálculo da correção monetária é necessário
A correção monetária é indispensável em diversas situações que envolvem valores a serem recuperados, cobrados ou ajustados, especialmente quando há defasagem entre a data da origem do crédito e a data de pagamento ou compensação. Veja os principais casos:
- Recuperação de tributos pagos a maior ou indevidamente
Ao reaver PIS, COFINS, ICMS-ST ou outros tributos pagos de forma indevida, é fundamental atualizar o valor pelo índice oficial, geralmente a Selic, conforme o entendimento dos tribunais. - Ações judiciais tributárias com expectativa de restituição
Processos que discutem teses como ICMS na base do PIS/COFINS devem ter seus valores corrigidos para refletir a perda financeira acumulada. - Acordos trabalhistas e indenizações tributáveis
O cálculo atualizado é exigido em demonstrativos fiscais ou contábeis que envolvem passivos reconhecidos retroativamente. - Revisão de contratos ou reajustes contábeis
Em auditorias, pode ser preciso aplicar correção a valores de contratos ou ativos quando há distorções provocadas pelo tempo.
FAQ – Calcular correção monetária: perguntas frequentes
Correção monetária é a atualização do valor de um crédito ou débito com base na inflação ou em um índice oficial, para preservar o poder de compra da moeda ao longo do tempo. No contexto tributário, é essencial para garantir que valores pagos a maior ou indevidamente sejam recuperados de forma justa e atualizada.
Os índices mais utilizados são:
– Selic: usado em tributos federais como PIS, COFINS, IRPJ e CSLL;
– IPCA: indicador oficial da inflação, aplicado em contratos e títulos;
– INPC: usado em reajustes de benefícios previdenciários;
– IGP-M: comum em contratos de aluguel e comerciais.
Basta seguir estes passos:
Defina o valor original e o período de correção;
Some os percentuais mensais do índice escolhido (ex.: Selic acumulada de 32%);
Aplique o fator ao valor: por exemplo, R$ 10.000 × 1,32 = R$ 13.200
Ela é necessária em casos como:
– Recuperação de tributos pagos indevidamente;
– Ações judiciais com expectativa de restituição;
– Acordos trabalhistas com efeitos retroativos;
– Ajustes em contratos e auditorias contábeis com valores desatualizados.
A Calculadora Selic da e-Auditoria é uma planilha gratuita atualizada a cada 45 dias com os percentuais corretos da Selic. Basta informar as datas e valores para obter o cálculo automaticamente — ideal para evitar erros e economizar tempo.