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Recuperação de Créditos

Tudo sobre Recuperação Tributária – um guia completo

Veja o que é recuperação tributária, quais tributos podem ser recuperados e qual é a melhor forma de fazer isso.

A recuperação tributária é um dos pilares essenciais da gestão financeira empresarial, especialmente para contadores e escritórios de contabilidade que desejam oferecer um serviço de valor agregado aos seus clientes. Trata-se de um processo de revisão fiscal minucioso, cujo objetivo é identificar pagamentos indevidos ou excessivos de tributos e solicitar a restituição ou compensação desses valores. 

Com um sistema tributário tão complexo como o brasileiro, é comum que empresas arquem com impostos acima do necessário, seja por erro operacional, interpretação incorreta da legislação ou mudanças frequentes nas normas fiscais. Assim, a recuperação tributária torna-se uma estratégia não apenas para otimizar o fluxo de caixa das empresas, mas também para garantir conformidade fiscal e segurança jurídica. 

Neste guia, você aprenderá os conceitos fundamentais da recuperação tributária, suas principais aplicações na rotina contábil e como a tecnologia pode potencializar esse processo por meio da Plataforma e-Auditoria da e-Auditoria

O que é Recuperação Tributária?

A recuperação tributária consiste em um conjunto de procedimentos administrativos e/ou judiciais que permitem a empresas reaver valores pagos indevidamente ou a maior em tributos. Esse processo pode ocorrer devido a falhas no cálculo de impostos, mudanças na legislação tributária ou interpretação equivocada das normas. 

Os contadores desempenham um papel fundamental nesse processo, pois cabe a eles identificar oportunidades de recuperação, realizar levantamentos fiscais detalhados e orientar as empresas sobre as melhores estratégias para regularização e restituição de tributos. Sem o devido conhecimento e ferramentas adequadas, muitas empresas deixam de recuperar valores significativos que poderiam ser reinvestidos em seu crescimento. 

Além disso, a recuperação tributária pode representar uma vantagem competitiva para as empresas, pois a correta gestão de tributos proporciona maior previsibilidade financeira e evita passivos fiscais inesperados. A tecnologia, por sua vez, tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, permitindo que a revisão tributária seja realizada de forma mais ágil e precisa, reduzindo riscos e maximizando resultados. 

Quais tributos podem ser recuperados?

No Brasil, diversos tributos podem ser passíveis de recuperação, e entender quais são essas possibilidades é essencial para profissionais contábeis que desejam maximizar os benefícios fiscais de seus clientes. Os principais impostos e contribuições que podem ser revisados incluem: 

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): a recuperação ocorre, por exemplo, quando o ICMS é incluído na base de cálculo do PIS e da COFINS, algo considerado inconstitucional pelo STF. 
  • PIS e COFINS: empresas podem recuperar créditos acumulados desses tributos, principalmente em setores onde há incidência monofásica ou substituição tributária. 
  • INSS sobre verbas indenizatórias: a recuperação pode ser feita em casos onde houve incidência indevida sobre férias indenizadas, aviso prévio e outros benefícios trabalhistas. 
  • IPI e ISS: empresas industriais e prestadoras de serviço podem recuperar valores pagos indevidamente em determinadas operações fiscais. 
Cédula de dinheiro para ilustrar recuperação tributária.

Como funciona a restituição tributária?

Para garantir que os créditos tributários sejam recuperados corretamente, é necessário seguir um processo estruturado. Eis um passo a passo básico de como fazer recuperação tributária

  1. Diagnóstico tributário 

    O primeiro passo é analisar a situação fiscal da empresa e identificar quais tributos foram pagos a maior ou indevidamente. Esse levantamento pode ser feito manualmente ou por meio de softwares especializados, como a Plataforma e-Auditoria da e-Auditoria, que permite a identificação automática de créditos tributários. 

  2. Revisão documental e cruzamento de dados

    Nessa etapa, é fundamental reunir documentos fiscais, como: 
    – EFD Contribuições 
    – DCTF 
    – PER/DCOMP 
    – SPED Fiscal 
    – XMLs de notas fiscais 
    O cruzamento dessas informações permite detectar inconsistências e apontar as melhores oportunidades de recuperação. A automatização desse processo reduz significativamente o tempo gasto na revisão documental e minimiza riscos de erros humanos. 

  3. Elaboração do pedido de restituição ou compensação

    pós identificar os valores a serem recuperados, é necessário formalizar o pedido junto aos órgãos competentes. A recuperação pode ocorrer de duas formas: 
    Restituição: devolução em dinheiro dos valores pagos indevidamente. 
    Compensação: utilização dos créditos para abatimento de tributos futuros. 
    Cada modalidade possui procedimentos específicos e deve ser escolhida conforme a estratégia fiscal da empresa. 

  4. Acompanhamento do processo

    Após a protocolização do pedido, é essencial acompanhar o andamento junto aos órgãos fiscais para garantir que a recuperação seja efetivada no menor tempo possível e conforme a legislação vigente.

INSS sobre verbas indenizatórias

Temos um conteúdo exclusivo onde explicamos o passo a passo da operação dentro do sistema da e-Auditoria! Confira: 

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Prazo para Recuperação Tributária

O Código Tributário Nacional, em seus artigos 165 a 168, estabelece que o contribuinte tem o direito de restituir total ou parcialmente o tributo pago indevidamente no prazo de 5 anos, contados a partir do pagamento espontâneo do tributo indevido ou maior que o devido. É fundamental que as empresas fiquem atentas a esse prazo para não perderem o direito à recuperação dos valores. 

Principais erros na Recuperação Tributária

A recuperação tributária é uma ferramenta eficaz para qualquer empresa. Contudo, erros no processo podem prejudicar significativamente os resultados. Os principais equívocos cometidos são: 

  • Desconhecimento da legislação: não estar atualizado sobre as normas tributárias específicas de cada tributo. 
  • Cálculos incorretos: falhas na apuração dos valores a serem recuperados. 
  • Não retificar obrigações acessórias: deixar de corrigir declarações fiscais que comprovam o pagamento indevido. 
  • Falta de acompanhamento: não monitorar o andamento do pedido de restituição ou compensação. 
  • Generalizações: Aplicar processos de outras empresas sem considerar as particularidades do negócio. 
  • Documentação incompleta: Não reunir todos os documentos necessários para embasar o pedido de recuperação.

Recuperação de PIS e COFINS para empresas do Lucro Real e Presumido

Confira o Aulão que fizemos e veja o passo a passo de como recuperar créditos de PIS e COFINS para empresas do Lucro Real e Presumido.

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FAQ – Recuperação Tributária: perguntas frequentes

O que é recuperação tributária e por que ela é importante para as empresas?

É o processo de revisão fiscal que permite reaver tributos pagos indevidamente ou a maior. Ajuda a melhorar o fluxo de caixa, garante conformidade fiscal e evita passivos, sendo uma prática estratégica para empresas e escritórios contábeis.

Quais tributos podem ser recuperados?

Os principais tributos passíveis de recuperação são:
ICMS (inclusive quando incluído na base do PIS/COFINS);
PIS e COFINS (créditos acumulados ou em regimes monofásicos);
INSS sobre verbas indenizatórias;
IPI e ISS, em operações com recolhimento indevido.

Como funciona o processo de recuperação tributária?

O processo envolve:
Diagnóstico tributário;
Revisão documental e cruzamento de dados (com SPEDs, DCTFs, XMLs etc.);
Elaboração do pedido de restituição ou compensação;
Acompanhamento junto aos órgãos fiscais.
Softwares como a Plataforma e-Auditoria automatizam grande parte dessas etapas.

Qual o prazo para recuperar tributos pagos indevidamente?

O prazo é de 5 anos, contados a partir da data do pagamento indevido, conforme os artigos 165 a 168 do Código Tributário Nacional.

Quais erros devem ser evitados ao fazer uma recuperação tributária?

Erros comuns incluem: desconhecimento da legislação, cálculos incorretos, falta de retificação de obrigações acessórias, documentação incompleta e não acompanhar o andamento do processo junto ao Fisco.

Maurício Gomide

Começou como jornalista raiz, trabalhou como redator publicitário e nos últimos anos migrou para o marketing, atuando principalmente em frentes de conteúdo, SEO e inbound. Atualmente, é Coordenador de Marketing na e-Auditoria.

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